sexta-feira, 27 de junho de 2014

PSOL ignora Jean Wyllys e garante candidatura de pastor

Comentário do editor deste blog:  O Jean Wyllys não desiste de ser ridículo.

Mário César de Abreu

Postado em 26/06/2014 por Carol de Andrade em Brasil, Notícias 
jean willys
jean willys
Após ter sido barrado pelo diretório estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) o pré-candidato Jefferson Barros conseguiu reverter o veto a sua candidatura a deputado federal junto à convenção nacional do PSOL.
O ativista gay e deputado federal Jean Wyllys havia conseguido o veto da candidatura do pastor no Rio de Janeiro após ameaçar não se candidatar a reeleição caso Jefferson disputasse um cargo eletivo pelo PSOL.

O ex-BBB passou a perseguir Jefferson após descobrir que ele havia sido indicado pelo Pastor Silas Malafaia. Wyllys chegou a causar constrangimento entre seus correligionários do Rio de Janeiro por seus discursos contra a candidatura do pastor Jefferson.

Wyllys acusa Barros de ser um militante infiltrado de Silas Malafaia para impedir a sua reeleição, já que o parlamentar recebeu pouco mais de 13 mil votos em 2010 e só foi eleito graças ao desempenho do deputado federal Chico Alencar, do seu partido, que conquistou 240.671 (3%) dos votos e foi o segundo mais votado em todo Estado.

Se Barros superar o número de votos de Wyllys na próxima eleição, o parlamentar poderá não conseguir sua reeleição, já que o partido dispõe de apenas duas vagas na Câmara dos Deputados e Chico Alencar também concorrerá à reeleição.

Crise e Veto

A crise no partido se agravou no Rio de Janeiro com a manifestação de apoio dos deputados Chico Alencar e Marcelo Freixo a Wyllys. Os parlamentares também são contra a candidatura do pastor Jefferson e assinaram uma nota pedindo a saída do pré-candidato do PSOL.
A candidatura do pastor havia sido barrada no Estado do Rio por 55 votos contrários e apenas 7 favoráveis.

Fonte:Gospel Hoje/ Gospel Prime
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Em Cristo,
Mário César de Abreu

quarta-feira, 11 de junho de 2014

O MAIS IMPORTANTE É QUE DEUS SEJA GLORIFICADO



Por Mário César de Abreu

"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus."(I Coríntios 10 : 31)

Amados,no verso acima o apóstolo Paulo,escrevendo aos coríntios,e portanto a crentes,os exorta  a fazerem tudo com o objetivo de glorificar ao Senhor. Esta mensagem vale para todos os crentes de todas as épocas.Não é somente no culto público que deve haver a conciência de dar a  Deus a glória e a honra devidas a Ele mas,em todos os momentos,em todos os lugares e nas mais diversas circunstâncias,os que professam a fé em Cristo,devem glorificar a Deus com suas vidas.Os pensamentos,as intenções do coração,as palavras e todas as obras precisam ter o fim principal de exaltar o nome do Senhor; vejam o que diz Pedro:"Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém."  (I Pedro 4 : 11).

Agora vejam o que diz Paulo à Timoteo:"Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,"(II Timóteo 3:1,2).Notem que se os homens são amantes de si mesmos,eles não querem e não vão glorificar a Deus em suas vidas e tem muitos crentes que estão nesta situação,amando a si e nem de longe glorificando ao Senhor. E por que isso acontece até com crentes? Vários são os fatores que levam a isso,vou citar alguns.

Primeiro: o mundo de hoje vive o relativismo. O que seria isso? O relativismo é uma doutrina que prega que algo é relativo, contrário de uma idéia absoluta, categórica. Atitude ou doutrina que afirma que as verdades (morais, religiosas, políticas, científicas, etc.) variam conforme a época, o lugar, o grupo social e os indivíduos de cada lugar.(Wikipédia)
Nada é absoluto,tudo é relativo,cada um acredita ter sua própria verdade e faz suas próprias regras para dirigirem suas vidas,quando o verdadeiro é que a unica regra de" fé" e "conduta" é a bíblia, que é a revelação de Deus para o homem.O fato então, da sociedade estar sendo cada vez mais relativista, torna ainda mais difícil a compreenção por muitos crentes que não tem vigiado(nem orado) que "o importante e prioritário é a glória de Deus ou seja,Ele é soberano e deve ser glorificado em tudo.Estão vivendo como no tempo em que Israel possuía Juízes."Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos." (Juízes 17:6)
Muitos professam a fé em Cristo mas,vivem como se Deus não existisse;"curtindo a vida",fazendo o que "dá na cabeça" e nem se lembram que Ele é o criador e mantenedor da vida e deve ser adorado e receber toda a glória.Seguem desapercebidos da realidade,imaginam que estão no controle de tudo,que sabem tudo,que o importante é ser crente vitorioso que canta,produz e vende Cds ou Dvds para entreterem os seus "fã clubes"; outros se auto-intitulam "apóstolos",bispos,etc e abrem ministérios que em vez de pregar a mensagem da cruz de Cristo,dão ênfase a milagres(milagres?) e outras coisas que chamam a atenção e assim,"faturam alto" com suas vítimas ou serão ovelhas? Ovelhas talvez mas,não de Jesus pois vejam o que o Bom Pastor diz de suas ovelhas: "Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos."
(João 10:5)

Segundo: as heresias hoje ensinadas.Outro obstáculo para se viver de modo a dar gloria ao Senhor são as muitas fábulas que se propagam pelo mundo e que adentraram às igrejas(denominações). A chamada teologia da prosperidade,por exemplo, ensina que o importante é a satisfação pessoal do homem e não a glória de Deus; ensinamento este contrário à sã doutrina do evangelho e que prega que o homem deve buscar sua vitória financeira como objetivo primeiro em sua vida e não o reino de Deus como ensina as escrituras- "Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."  (Mateus 6 : 33)-esta falácia tem levado muitos crentes a agirem como se  Deus fosse um "servo" do homem porque afirma, fundamentada em versículos isolados, que "plantando sementes"(ofertas financeiras) em algum ministério de homens mercenários e mentirosos,pode se receber de Deus muitas vezes mais do que foi "semeado", almejando com isso, as riquezas deste mundo através de supostas "barganhas" com Deus, blasfemando assim do evangelho-"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita." (II Pedro 2:1-3). Segundo o texto acima,os falsos doutores, introduzem de modo "encoberto", heresias de perdição, são avarentos(amam o dinheiro) e fazem comércio do povo de Deus com palavras fictícias (invencionices) e desta forma, o caminho da verdade(evangelho) é blasfemado. Notem que nada disso pode glorificar a Deus, e quanta gente,que outrora serviu ao Senhor,hoje, por influencia destes líderes diabólicos,seguem como eles, apostatando das verdades essenciais do evangelho,negando ao Senhor que os resgatou,como diz Pedro. Existem vários outros ensinamentos errados que tem proposto que o que importa é o sucesso do homem e não a glória de Deus;a confissão positiva(decretar,determinar),o triunfalismo(todos nasceram para vencer),etc.

Terceiro: a negligência ao primeiro dos dois mandamentos que Jesus deixou. "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento."  (Marcos 12 : 30)Muitos já não se lembram,outros nunca entenderam o significado deste mandamento que coloca a Deus acima de tudo e de todos,seja bens,desejos e inclusive pessoas como: amigos,pais,filhos,cônjuges,etc. Somente o crente que ama a Deus desta forma,entende que deve almejar e se esforçar para glorifica-lo em tudo quanto faz; desde o levantar até ao deitar é preciso ter no coração o entendimento de que a glória de Deus é o dever primeiro e absoluto de todo homem que professa a fé cristã. O Senhor será propício àqueles que assim fizerem"E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos."  (Êxodo 20 : 6) mas,trará juizo sobre aqueles que  em vez de ama-lo,amam a si próprios não lhe dando glória."Dai glória ao SENHOR vosso Deus, antes que venha a escuridão e antes que tropecem vossos pés nos montes tenebrosos; antes que, esperando vós luz, ele a mude em sombra de morte, e a reduza à escuridão."  (Jeremias 13 : 16)

Pensem nisso!

Em Cristo,
Mário César de Abreu

Lidando com o Caos – Que tal um pouco de história?


Vivenciamos dias de caos e desordem. Neste início de junho de 2014 temos a greve dos metroviários: a paralisação de um serviço essencial no qual greves são proibidas por lei. Mas a lei! Quem se importa com a lei? Se nem os guardiões dela se importam com as pessoas, com a massa que os elege, uma categoria vai se importar com a lei? Esses "líderes sindicais" vão ponderar que impingirão sofrimento indevido a uma multidão de pessoas prejudicadas, cansadas, mal dormidas, ou extenuadas após o trabalho sem conseguir chegar em casa? E nos mês passado, quando policiais (outro serviço público essencial) cruzaram os braços em diversos estados, deixando o povo que paga os seus salários à mercê do crime, da desordem, do caos? Sem a barreira da lei e daqueles que deveriam fazê-la valer, não existem mais limites. Os saques generalizados de Abreu e Lima, em Pernambuco, estão indelevelmente inscritos na nossa triste história, evidenciando a lamentável situação de desmando e falta de autoridade que impera no país.



Observo perplexo esses acontecimentos, mas vejo que tudo isso é fruto da continuidade de um governo que empolga e se elege, mas que há muito considera secundária a tarefa de fazer o que deve ser feito, controlar o que deve ser controlado, governar o que deve ser governado e administrar o que deve ser administrado. Afinal, hoje se pratica de forma ampla e irrestrita o que o Líder Supremo, sombra onipresente da atual presidência, sempre vociferou em sua fase irada de sindicalista.


Os movimentos grevistas, cujo discurso defensor sempre fala desse suposto intocável direito dos trabalhadores, não estão nem aí com o direito ao trabalho de milhões, ou o de ir e vir garantido na constituição; ou com o direito constitucional (e Bíblico) de propriedade; ou ainda com a preservação do bem público. Esses movimentos estão lançando no espaço a já inexistente ética brasileira.

E as autoridades? Ah, as nossas autoridades – quão pitorescas e fora de foco! Inicialmente afirmam que está tudo normal, ou "em negociação". Fecham os olhos quando ruas são trancadas; chegam atrasadas quando ônibus são queimados. A televisão e seus helicópteros conseguem chegar aos locais de baderna em alguns minutos - mas a restauração da ordem é retardada até que nada mais há para ser destruído. E a punição de culpados? Essa já devemos apagar de nossas expectativas: não há punição e a repressão à violência é vista como um mal social e não como uma restrição benéfica aos cidadãos de bem. 

Negar evidências e e impedir a imposição de limites, parecem ser a postura institucional recomendada, ultimamente. A transferência de culpa, quando ela é remotamente admitida, é a tônica da vez; isso quando não se alega ignorância do que não pode ser ignorado - como fez o prefeito de São Paulo (seguindo o Mestre), nas últimas greves de ônibus que igualmente assolaram esta capital e a vida das pessoas que nela habitam. E depois do caos instalado - ninguém apresenta solução. Caem no vácuo as determinações judiciais, às vezes emanadas de uma corajosa juíza, que ainda encontra forças para protestar contra o desprezo pela lei, na nossa terra.

Nesse meio tempo, as reuniões cordiais se sucedem em Brasília, certamente regadas a bastante cafezinho, sucos e salgadinhos, com líderes de outros promotores do caos institucionalizado, como com o MST (terra, ou teto - à escolha dos incomodados), implorando para que não perturbem festividades que interessam ao governo.

Como lidar com o caos? Os nossos líderes deveriam estudar um pouco a história, verificando o que outros mais lúcidos fizeram em situações semelhantes. Se tivessem ânimo à pesquisa e à leitura, nem precisariam retroagir tão longe assim, para extrair algumas lições.

Em 1981, mais precisamente no início do mês de agosto, os controladores de vôo dos Estados Unidos começaram uma greve gigante no país. O sindicato deles (PATCO) agregava mais de 17 mil associados e desses, 13 mil paralisaram suas atividades exigindo melhores salários, apesar da atividade ter uma remuneração substancialmente acima da média. Interromperam, assim, negociações que já se estendiam por seis meses, nas quais haviam obtido várias vantagens e aumentos. Desde 1955 que greves em atividades essenciais eram proibidas por lei, nos Estados Unidos, no entanto mais de 22 paralisações ilegais haviam ocorrido nos anos recentes em diversas atividades similares. O que fez o presidente Ronald Reagan? Foi tirar férias na Flórida? Jogou a culpa no Ministro da Aeronáutica? Disse que “não sabia” que a situação era tão grave assim? Não! Vejam as lições, em como lidar com o caos, evidentes em algumas das medidas e decisões tomadas:
  • Primeiro, com precaução e planos emergenciais: Durante as negociações – nos seis meses anteriores, a FAA (Federal Aviation Administration) arquitetou um plano de emergência que previa a possibilidade de paralisação: 3000 supervisores, junto com os que não aderiram a greve colocaram a “mão na massa”, passando a controlar o tráfego aéreo; 900 militares da aeronáutica se uniram a eles. Essas pessoas não se furtaram, na emergência, a trabalhar 60 horas por semana – o dobro do que atualmente trabalham os nossos controladores. Para surpresa de todos, principalmente dos grevistas, o plano funcionou tranquilamente. Que contraste com a ignorância das nossas autoridades, que "não sabiam" o estado real desse segmento, quando, em 2006, tivemos greve semelhante.
  • Segundo, com coragem e objetividade: Reagan deu 48 horas para que eles retornassem ao trabalho sob pena de serem sumariamente demitidos. Obviamente não faltaram os profetas da catástrofe que aventavam desastres enormes, que não ocorreram, com a suposta “falta de segurança” presente no plano e nas ações do governo. Que contraste com a condescendência do nosso governo para com os perturbadores da ordem.
  • Terceiro, com ações de porte e eficácia: Grande parte dos grevistas achou que o governo blefava, não voltou ao trabalho e foi para a rua da amargura. Os cursos que preparavam controladores de voo, que formavam 1.500 a cada 21 semanas, aumentaram as classes, a capacidade e encurtaram o período para 17 semanas, passando a formar 5.500 controladores, no período. Dentro de poucas semanas a “fila” de candidatos a essas vagas chegou a 45.000 pessoas. Que contraste com o pronunciamento do nosso Ministro da Defesa, quando, em 2006, informou que contrataria 60 pessoas adicionais. E com os nossos dias, onde o despreparo das autoridades aflora a todos os olhos.
  • Quarto, com a aplicação rápida da lei: Os líderes do movimento foram presos por incitar e promover uma greve ilegal e processados em toda a extensão da lei. O sindicato foi multado em um milhão de dólares por dia de greve. O apoio popular foi todo para o governo, em vez de para os grevistas. Em 1984 o tráfego aéreo havia aumentado 20% e era eficientemente controlado por uma força de trabalho que era 80% daquela existente antes da greve de 1981. Que contraste com a impunidade que reina em nossa terra.
É desnecessário frisar que a forma como Reagan lidou com esse incidente restabeleceu o respeito ao governo, que vinha tratando a quebra da lei e da ordem de forma displicente, em administrações anteriores, e deu o tom aos anos que se seguiriam. Qualquer semelhança com o tratamento que as nossas autoridades vêm dando às greves no Pindorama é inexistente. Estamos realmente falidos na administração das questões públicas que afetam o dia-a-dia de grandes segmentos da população. Enquanto o governo se ocupa de tudo que é trivial, se esquece daquilo que é essencial. Daí a necessidade de estarmos alertas exercitando nossa cidadania na fiscalização de quem está la e na lembrança de caminhos viáveis aos impasses sociais. Podemos estar desanimados e tristes, sim; mas não desfalecidos! E não percamos a esperança de que Deus pode operar um milagre no nosso amado país, às vezes agindo até pelo privilégio do voto.

Solano Portela

Os interessados no incidente relatado acima, ocorrido em 1981, podem obter mais detalhes clicando aqui.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Perseguidos por causa de Cristo?


Os cristãos foram perseguidos pelos incrédulos e zombadores desde o primeiro momento em que começaram a dizer ao povo de sua época que Jesus de Nazaré, que havia sido rejeitado e morto pelos judeus, era, na verdade, o Filho de Deus. Sua morte na cruz era o único meio pelo qual Deus estava disposto a perdoar os pecados e conceder a vida eterna, tanto a judeus quanto a não-judeus. Basta uma leitura, ainda que rápida, pelo livro dos Atos dos Apóstolos e este fato ficará claro: a mensagem da cruz anunciada pelos primeiros cristãos, embora aceita por milhares na época, provocava reações violentas tanto em judeus quanto gregos. Para os primeiros, era escândalo, para os últimos, loucura (1Co 1:23).

Era de se esperar que os cristãos, perseguidos e odiados, caluniados e objeto de escárnio e zombaria, se sentissem tentados a reagir, retrucar, e a desenvolver um espirito de vitimização. Ou seja, a sentir pena deles mesmos e cultivar um espírito de justiça própria por estarem sendo alvo de perseguição da parte do mundo. Todavia, os apóstolos, os primeiros líderes e pastores daquela geração, logo perceberam o perigo de que a perseguição empurrasse os discípulos para uma atitude de reação ou vitimização. Assim, orientaram-nos a encarar a zombaria, a calúnia, a perseguição, a prisão e mesmo o martírio da forma correta, tendo sempre a Jesus Cristo como exemplo de mansidão e amor pelos inimigos.

Uma coisa em particular preocupava os apóstolos: a causa da perseguição. Era fácil um cristão pensar que toda e qualquer zombaria que ele sofresse era pelo fato dele ser crente em Jesus Cristo. Todavia, nem toda perseguição que os cristãos sofriam era por causa da cruz, por causa de Cristo, por causa da verdade.

O apóstolo Pedro exortou os cristãos a terem vida exemplar no meio do povo, para que ficasse claro que as coisas ruins que falavam contra eles não tinham fundamento (1Pe 2.11-12). Se eles tivessem que sofrer, que fosse porque faziam o bem e não o mal: que glória havia em ser esbofeteado por ter feito o mal? (1Pe 2.20-21). Eles seriam bem-aventurados se fossem esbofeteados por praticarem a justiça de Deus (1Pe 3.13-14). Pedro diz ainda: “se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom do que praticando o mal” (1Pe 3.17). E acrescenta:

“Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem- aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus. Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome” (1Pe 4.15-16).

Nem toda zombaria e deboche que um cristão recebe dos incrédulos é por causa de sua fidelidade a Cristo. Se alguém que se diz cristão for desonesto, avarento, mentiroso, preguiçoso, imoral ou hipócrita, e vier a sofrer as consequências destes atos, este sofrimento não é por Cristo. Ele não está sofrendo por ser cristão, mas por ser estas coisas. Como qualquer outra pessoa.

O apóstolo Paulo disse na sua primeira carta aos cristãos da cidade de Corinto que a mensagem da cruz é loucura para os incrédulos (1Co 1.18). Eles simplesmente não a entendem, se sentem ofendidos pela ideia da salvação mediante alguém que foi crucificado e acham ridícula a ideia de que o crucificado tenha depois ressuscitado de entre os mortos. E, naturalmente, zombam e perseguem quem crê e ensina isto. Mas, na mesma carta, Paulo ensina aos crentes de Corinto a que tomem cuidado para não dar aos incrédulos outro motivo, além da cruz, para os chamarem de loucos. Ele orienta, por exemplo, os irmãos a evitar falarem todos em línguas ao mesmo tempo e sem interpretação nos cultos públicos: “Se, pois, toda a igreja se reunir no mesmo lugar, e todos se puserem a falar em outras línguas, no caso de entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão, porventura, que estais loucos?” (1Co 14.23). Que nos chamem de loucos por causa da mensagem da cruz, mas não pela falta de sabedoria.

Infelizmente, muito do deboche e perseguição que os evangélicos experimentam hoje em nosso país não é por causa da pregação vigorosa, firme e clara da cruz de Cristo. Aliás, pouco se ouve dela, em meio aos decretos de prosperidade, promessas de vitória e pedidos de dinheiro. O que provoca a zombaria são práticas e costumes estranhos em nome do Espírito Santo, escândalos, ostentações de riquezas e busca descarada do dinheiro dos incautos em nome de Deus, e o engajamento infeliz de segmentos evangélicos numa guerra contra aqueles que deveriam ser objeto de nossa pregação sobre a cruz e não da nossa ira. Nem sempre os evangélicos sofrem no Brasil por serem cristãos sérios, firmes, verdadeiros e fiéis a Deus.

Até hoje a mídia secular não consegue ser justa e fazer a distinção entre evangélicos e evangélicos. Acaba sobrando para todos os que se identificam como crentes em Jesus Cristo. O caminho, me parece, não é rejeitar o título de “evangélico,” mas viver e pregar de tal forma que o único motivo da zombaria que nos sobrevier seja Cristo, e este crucificado.



Postado por Augustus Nicodemus Lopes Fonte: O Tempora O Mores
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Em Cristo,
Mário

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